Tenho acompanhado o episódio envolvendo Gente d'Italia, as últimas eleições para o Comites local, e a absurda posição tomada por maioria dos novos conselheiros do órgão que deveria representar os interesses gerais e legítimos da comunidade ítalo-uruguaia. Não é possível negar a luz do sol.

Em meu nome e em nome do veículo que fundei, represento e dirijo há quase trinta anos, não posso calar. Sabemos por aqui muito bem o que é estar sob censura, boicote, dissimulações e entraves de toda ordem à liberdade de opinião e de imprensa. Também sabemos muito bem o que significa o uso do "contributo stampa" do Governo italiano para fins que não sejam exatamente aquele do incentivo almejado à imprensa livre e necessária em qualquer sociedade.

Episódios dessa natureza nos empurraram à decisão extrema, em abril de 2020, de encerrar as edições impressas, mantendo apenas a versão digital, com a compreensível perda de muitos leitores mais antigos que nos acompanhavam desde o início da década de 90 do século passado. Mesmo sem a "ajuda" oficial, estamos ganhando em leitores, sempre ávidos por informações livres e sem compromissos alheios àqueles dos próprios leitores.

O acompanhar dos fatos agora em evolução com "Gente d'Italia" reforçam minha tese, desde o início manifestada em âmbito ítalo-brasileiro, o quão equivocada tenha sido submeter ao parecer dos Comites  órgãos essencialmente políticos  a avaliação de qualquer veículo de comunicação no âmbito italiano em atividade no exterior, mesmo que em caráter instrutório e não decisivo. A liberdade de expressão, de imprensa e de opinião perece profundamente quando encarada com olhares discricionários, subjetivos, ou, simplesmente, ao sabor de interesses de qualquer natureza, sejam políticos, econômicos ou, mesmo, pessoais. Outros critérios existem para assegurar a pretendida verificação da existência e da importância desses veículos no seio das comunidades.

Uno-me, portanto, pessoalmente como jornalista profissional há mais de 52 anos, e como diretor de Insieme há quase 30 anos, àqueles que são solidários a Gente d'Italia neste momento triste pelo qual passa um dos principais órgãos da imprensa italiana no exterior.

Além de manifestar solidariedade ao jornal e aos profissionais todos que nele trabalham, junto um veemente apelo aos que, equivocadamente misturaram suas opiniões e preferências pessoais com a avaliação objetiva que não pode ser obscurecida sem desmerecer os próprios avaliadores (afinal, negar queGente d'Italiaexiste ou negar sua importância é como negar a luz do sol!), para que revejam suas posições o quanto antes, corrigindo um absurdo equívoco e colocando fim a esse vexaminoso quadro para todos nós, italianos e ítalo- descendentes da América do Sul.

Curitiba–Paraná–Brasil, 01/03/2022

Desiderio Peron, jornalista Diretor e Editor de Insieme insieme@insieme.com.br www.insieme.com.br

La traduzione in italiano

Ho seguito l'episodio che coinvolge Gente d'Italia, le ultime elezioni per il Comites locale e l'assurda posizione presa dalla maggior parte dei nuovi consiglieri dell'organo che dovrebbe rappresentare gli interessi generali e legittimi della comunità italo-uruguaiana. Impossibile negare la luce del sole.

A nome mio e della rivista che ho fondato, rappresento e dirigo da quasi 30 anni, non posso stare zitto. Sappiamo molto bene che cosa significa essere sotto censura, boicottaggio, dissimulazioni e impedimenti di tutti i generi contro la libertà di opinione e di stampa. Sappiamo anche molto bene cosa significhi l'uso del "contributo stampa" del Governo italiano per fini che non sarebbero esattamente quelli dell'incentivo a cui ambisce alla stampa libera e necessaria in qualsiasi società.

Episodi di questo tipo ci hanno spinto alla decisione estrema, nell'aprile 2020, di chiudere le edizioni cartacee, mantenendo solo la versione digitale, con la comprensibile perdita dei lettori più anziani che ci seguivano dall'inizio degli anni '90 del secolo scorso. Seppur senza l'"aiuto" ufficiale, stiamo guadagnando in lettori, sempre avidi di informazioni libere e senza "impegni", se non quelli nei confronti dei lettori stessi.

Seguire i fatti ora in evoluzione che coinvolgono Gente d'Italia rafforza la mia tesi, fin dall'inizio manifestata in ambito italo-brasiliano, quanto sia stato sottovalutato sottoporre al parere dei Comites - organi essenzialmente politici - la valutazione di qualsiasi veicolo di comunicazione in ambito italiano in attività all'estero, seppur in modo istruttorio e non decisivo. La libertà di espressione, di stampa e di opinione muore profondamente quando affrontata da occhi discrezionali, soggettivi o, semplicemente, mossi da interessi di qualsiasi natura, siano politici, economici o, addirittura, personali. Ci sono altri criteri per garantire la necessità di verificare l'esistenza e l'importanza di questi veicoli di comunicazione all'interno delle comunità.

Mi unisco, quindi, personalmente, come giornalista professionista da oltre 52 anni e come direttore di Insieme da quasi 30 anni, a quelli che sono solidali con Gente d'Italia, in questo momento triste per il quale passa uno dei più importanti organi della stampa italiana all'estero.

Oltre a manifestare solidarietà al giornale ed ai professionisti tutti che in esso lavorano, elevo un forte appello a coloro che, sbagliando, hanno mescolato le loro opinioni e preferenze personali con la valutazione obiettiva che non può essere oscurata seppur senza umiliarli (in fin dei conti negare che Gente d'Italia esiste o negare la sua importanza è come negare la luce del sole!), affinché rivedano le loro posizioni il prima possibile correggendo un assurdo equivoco e mettendo fine a questo vergognoso quadro per tutti noi, italiani e italo- discendenti dell'America del Sud.

Curitiba - Paraná - Brasile, 01/03/2022

Desiderio Peron, giornalista Direttore e Editore di Insieme insieme@insieme.com.br www.insieme.com.br